11/02 - Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, apesar de os números de mulheres com bolsas de iniciação científica e também as com mestrado e com doutorado serem superiores ao dos homens, as mulheres representam apenas 33% do total de bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação a desigualdade ainda é maior. Os homens assinam 75% dos artigos nas áreas de Computação e de Matemática. Esse resultado se deve a diversos e múltiplos obstáculos, em especial nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, conhecidas pela sigla STEM em inglês (Science, Technology, Engineering and Mathematics), para o acesso, permanência e ascensão de mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas.
A UNESCO, segundo dados, estima que apenas 30% dos cientistas do mundo sejam mulheres. Do total de estudantes matriculados em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática, somente 35% são mulheres. Ainda segundo a UNESCO, embora existam poucos dados acerca das disparidades entre homens e mulheres cientistas nessas áreas por país ou a nível internacional, vários estudos realizados entre cientistas nesses campos de conhecimento registraram que as mulheres recebem menos por suas pesquisas e não progridem em suas carreiras na mesma velocidade do que seus colegas homens.
Por essa razão, o Instituto de Estatísticas da UNESCO (UIS, em inglês), tem trabalhado em parcerias com organizações regionais ou outros parceiros para desenvolver ferramenta que inclua metodologias e indicadores, a fim de conseguir informações e dados mais precisos sobre o assunto.
O Instituto de Pesquisa Elsevier, empresa global de informações analíticas que contribui com instituições para o progresso da ciência, realizou uma pesquisa sobre gênero envolvendo as desigualdades nas chamadas áreas STEM também ressaltou que a busca de equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal interferiu na produtividade de publicações e no avanço das mulheres na carreira.
Ao contrário dos seus colegas homens, elas têm um caminho não linear e são mais passíveis de abandonar o caminho acadêmico devido a fatores pessoais, como licença-maternidade. Essas disparidades de gênero podem afetar, além do número de publicações, os padrões de colaboração entre pesquisadores.
Mesmo com todas as dificuldades, as mulheres se destacam em suas atuações como pesquisadoras e suas contribuições têm recebido, cada vez mais, reconhecimento.
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Fonte: https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/destaque-em-cti/dia-internacional-de-mulheres-e-meninas-na-ciencia