Ensino Híbrido e retorno às aulas Presenciais

Antes da pandemia, o ensino híbrido já vinha sendo considerado uma das maiores tendências educacionais do século XXI. Diante do que estamos vivendo, o também chamado blended learning (aprender fazendo), promete ganhar força e velocidade.

A nova realidade, imposta pela pandemia do novo coronavírus, acelerou o processo de fusão do ensino digital e presencial, transformando, inclusive, a educação brasileira.  Estudos indicam que a sala de aula híbrida é uma das principais tendências no mundo pós-pandemia, promovendo a mistura do ensino presencial com o on-line (que utiliza a combinação de diferentes tecnologias digitais e diversificados ambientes físicos para promover a aprendizagem).

Ainda segundo a Doutora em Linguística Aplicada e consultora de práticas educacionais, Betina Von Staa, sobre o ensino híbrido:

“O importante é entender que o momento da aprendizagem não precisa estar totalmente centrado no professor e que os alunos podem realizar muitas atividades diferentes mediadas pela tecnologia: podem ser propostos trabalhos de pesquisa, produção de textos, imagens, áudios e vídeos, interação em pequenos grupos com as mais variadas finalidades e até acesso a plataformas adaptativas para aprender conteúdos específicos. A tecnologia permite todo o tipo de desenvolvimento de competências e habilidades. Quem entender que o tempo de aula pode ser dedicado a essas atividades, acompanhar o progresso dos alunos e oferecer apoio, feedback e incentivo para que persistam, já estará praticando aprendizagem híbrida. Então, quando for necessário dividir as turmas e deixar um grupo estudando em casa e o outro com o professor na escola, já estarão prontos para este cenário. ”

Esse modelo de ensino é defendido por especialistas no retorno às aulas presenciais e também por estudantes que se mostram favoráveis ao modelo de ensino híbrido, de acordo com os dados da pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) no ano de 2020. O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) também elaborou uma cartilha com as diretrizes para a volta às aulas presenciais, na qual os estados podem fazer adaptações, a partir de suas realidades locais, respeitando as normas básicas em tempos de crise sanitária.

O Instituto Presbiteriano de Educação Simonton de Tangará da Serra/ MT, associado da Anep – Associação Nacional de Escolas Presbiterianas, retornou de forma gradual às atividades presenciais a partir da autorização das autoridades. Nesse contexto, o ensino remoto será possível até que seja feito o retorno presencial em sua totalidade, mantendo-se um sistema híbrido, com atividades presenciais e domiciliares (on-line). Segundo Marcos Isidoro, diretor do Instituto, os protocolos de segurança contra o coronavírus serão mantidos e adaptados à medida que surgirem novas necessidades.

Com as experiências adquiridas em 2020 até aqui, será possível garantir maior eficácia no processo de ensino-aprendizagem em 2021, na modalidade híbrida de ensino. Algumas instituições de ensino, inclusive, se programaram para oferecer os três modelos de ensino (remoto, presencial e híbrido).

Por Flávia Lerbach – Atendimento/ ComunicaçãoAssociação Nacional de Escolas Presbiterianas - ANEP