O que deve entender sobre o continuum escolar 2020-2021
Quem acompanha de perto as discussões sobre um continuum escolar 2020-2021 proposto pelo Ministério da Educação sabe que a principal preocupação do Governo está em diminuir os impactos da pandemia de Covid-19 na educação e facilitar às escolas a possibilidade de retomar as aulas presenciais da melhor forma, diminuindo a retenção e a evasão de alunos (conforme parágrafo 4, art 27, inciso 3o).
Na prática, o documento permite às escolas de educação básica que elas possam adaptar seus currículos e, no retorno às aulas presenciais, com este continuum esolar, realizar avaliações a fim de compreender eventuais lacunas de aprendizagem destes alunos. O texto sugere, ainda, aumentar os dias letivos em 2021, antecipando o início das aulas, ampliando a carga horária diária e complementando classes presenciais como as remotas.
Uma vez que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define o que cada aluno deve aprender em cada etapa da vida escolar, com 60% considerados conteúdos essenciais e 40% complementares, orienta-se para que as escolas deixem em seu calendário escolar apenas as atividades essenciais de 2020 e 2021, excluindo-se as atividades complementares.
Uma alternativa seria unir alunos por turmas que tenham o mesmo nível de aprendizagem e planejar os currículos para os diferentes estágios de desenvolvimento. Alunos do 3º ano do ensino médio poderão realizar um ano letivo complementar, como forma de reforçar a aprendizagem.